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Maternidade: Pressão e padrões sociais

Foto do escritor: BabyboomBabyboom

“Será que o teu leite chega? O bebé parece ter fome, se calhar o teu leite é fraco!”

"Não estás a usar cinta? Vais ficar toda mole!"

“Não podes dar tanto colo. O bebé vai ficar mimado!”

“Não durmas com ele na tua cama!” “Depressão pós-parto? Tens é sono, dorme com o bebé!”


Podia continuar aqui a dar exemplos, não é?

Todas as recém-mamãs ouvem ou vão ouvir alguma (muitas!) destas frases ao longo dos primeiros meses de vida do bebé. Na realidade durante a gravidez, subitamente, todos à nossa volta se tornam obstetras, depois do bebé nascer, todos eles recebem a promoção a pediatras e entendidos em maternidade.


Ao longo dos nove meses, as grávidas preparam-se o melhor que conseguem para um dos papeis mais importantes das suas vidas, mas, na realidade, por mais pesquisa online, em revistas, livros, cursos ou ajuda, ninguém consegue preparar 100% uma mulher para ser mãe!

É o tempo e a experiência que dão essa capacidade e, muitas vezes, quem quer ajudar só aumenta os receios de quem ainda está a tentar perceber como funciona “isto” da maternidade, causando mais insegurança, ansiedade e baixa autoestima.


Assim como os bebés não são todos iguais, a gravidez também não, e os partos muito menos, nem as mães são todas iguais … e temos de perceber que isso é NORMAL e BOM!

A sociedade e, principalmente, as famílias à volta da recém mamã, precisam de perceber que ajudar não tem o mesmo significado de invadir e impor opinião. E os métodos de há 30 anos não são, nem têm de ser, os mesmos! E que não quer dizer que um seja melhor que o outro.

E as recém mamãs, no meio do seu oásis de hormonas "doidas", têm de saber o mesmo. Ajuda não significa invasão, mesmo que a pessoa que está a "ajudar" seja a sua mãe ou a sua sogra!


É importante impor limites! Sim limites … à nossa mãe, e à nossa sogra, e até aquele sogro que nunca mudou uma fralda mas agora sabe a posição correta de amamentar um recém nascido!


Uma forma mais facilitadora de colocar estas regras e limites é iniciá-los ainda durante a gravidez. Como quase tudo na nossa vida, uma comunicação simples, objetiva e sincera, é a melhor maneira de o fazer. Não tenham vergonha de dizer que não querem visitas na maternidade, ou que só querem em determinado período de horas do dia, o mesmo para visitas em casa após a alta hospitalar. Há recém papás que preferem não ter visitas durante os primeiros dias ou ter apenas um número de visitantes por dia e que cada um esteja pouco tempo, e está tudo bem!


Também é muito importante percebermos que ajuda pode ser, a mãe/sogra levar ou fazer uma boa sopinha para o almoço e o jantar, ajudar com a lavagem e organização da roupa e da casa, e, sobretudo apoiar-nos e compreender-nos nesta nova fase da nossa vida que, principalmente, no 1º mês parece um furacão de hormonas, amor, ansiedade, cheirinho bom de bebé, cocós do outro mundo, seios doridos ou biberões espalhados por todo o canto.


Na minha opinião, após dois pós-parto, a melhor forma de lidarmos com estas pressões e padrões da sociedade é pensarmos que estamos a fazer o melhor de nós mesmas e que isso basta! Que estamos cansadas e, por vezes, não sabemos o que fazer ou se estamos a fazer corretamente, mas estamos ali a tentar e a amar o nosso bebé e, acima de tudo, que somos tudo para ele.


E para eles (os bebés) nós somos perfeitas! E essa é a única perfeição que interessa!

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